Todos nós construímos a precaridade. Pelo que também poderemos construir o oposto: regular de modo mais justo e digno as relações laborais entre trabalhadores e as respectivas entidades empregadoras.
O mercado, neste momento, obriga muitos de nós, cidadãos, a recorrer ao cada vez mais usual (e selvagem...) trabalho temporário e a abdicar de direitos mínimos de segurança, sujeitando-nos à instabilidade de um despedimento iminente; para além disso, envolve-nos num mundo de imoralidades e ilegalidades - desde o conteúdo dos contratos ao funcionamento da próprias empresas.
Quem ganha?... É quem engorda: os ELES, invisíveis e distantes, que lucram com a fragilidade dos trabalhadores precarizados.
NÓS, os perdedores neste jogo do capital - os explorados e maltratados - que vemos os nossos salários e condições de trabalho cada vez mais magras, desnutridos pela incapacidade de viver de forma autónoma e independente, temos o dever (e o privilégio!) de denunciar!
Este blog pretende ser um primeiro passo. Primeiro, denunciamos. Depois, chateamos. Neste sentido, enviem as vossas experiências de precaridade e ilegalidade ligadas ao trabalho temporário. Com base nos testemunhos apresentados, será criada uma petição para os grupos parlamentares, com o objectivo de exigir uma melhor regulamentação deste tipo de trabalho, que proteja os trabalhadores. Vamos chatear o governo. Os meios de comunicação. As empresas. O Mundo.
Porque temos de nos fazer existir. Só dando visibilidade à nossa realidade poderá acontecer a mudança. É o típico caso do cliente insatisfeito que reclama todos os dias... chateia tanto, tanto que ELES não conseguem esquecer-se dele... e acabam por negociar contrapartidas para ficar satisfeito e parar de chatear...
Vamos chatear?!